Verstappen passeou na China com vitórias na Sprint e no GP de F1

No mesmo final de semana em que tinha já garantido a vitória na primeira corrida Sprint da época, o tricampeão mundial de Fórmula 1, Max Verstappen, da Reb Bull, garantiu mais uma vez este domingo a vitória numa prova do campeonato da categoria rainha do desporto automóvel, agora no Grande Prémio da China, em Xangai, concluido pelo neerlandês depois de ter saído da pole position, com um avanço de cerca de 13 segundos para Lando Norris, da McLaren.

Norris, aliás, acabou mesmo por ser o piloto do dia ao conquistar o seu oitavo segundo lugar, agora em Xangai, tendo dado de novo um pódio à McLaren na China, onde a escuderia de Woking já não conseguia um pódio desde o início da era dos motores híbridos na Fórmula 1, com o último pódio a ser conquistado em 2012, então com Jenson Button e Lewis Hamilton como dupla de pilotos da equipa laranja.

Logo atrás de Lando Norris na corrida deste fim-de-semana, a fechar o pódio, ficou o mexicano Sérgio Perez, com o seu Redbull RB20, ele que relegou o monegasco Charles Leclerc para a quarta posição, surgindo depois na classificação o outro piloto da Ferrari, Carlos Sainz, que ocupou o quinto lugar. Na sexta posição ficou o Mercedes de George Russell, seguido do Aston Martin do espanhol Fernando Alonso, autor da volta mais rápida (1:37.810) o que lhe concedeu um ponto adicional para o Mundial de pilotos.

Ainda nos pontos, Oscar Piastri concluiu o Grande Prémio da China ao volante de um Mclaren no oitavo lugar, perdendo ainda assim três posições relativamente à qualificação, mas terminando na frente do outro Mercedes em prova, o de Lewis Hamilton, com o inglês a conseguir uma excelente prova já que depois de ter largado a partir do 18º posto na grelha, terminou nos lugares pontuáveis, mais concretamente na nona posição, à frente do alemão Nico Hulkenberg, o piloto da Haas que fechou os lugares dos pontos em Xangai.

Verstappen de fio a pavio na liderança

Sobre a corrida, esta teve um início calmo, apenas com o espanhol Fernando Alonso a ameaçar a liderança de Max Verstappen que largou a partir da pole. É certo que o piloto asturiano não teve sucesso no ataque a Verstappen, mas conseguiu ainda assim manter o seu Aston Martin na segunda posição durante as primeiras voltas. Todavia, Alonso acabaria mesmo por perder o seu lugar para Lando Norris, da McLaren, piloto que andou muito bem durante o fim-de-semana, já tinha garantido a pole para a corrida Sprint, e nesta prova de Xangai chegou mesmo por instantes a andar na liderança.

Durante a volta 21, Valtteri Bottas acabou por travar tardiamente e perder o motor do seu Stake Sauber, obrigando a corrida a ser “travada” por um Virtual Safety Car, situação que acabou por beneficiar Lando Norris e Charles Leclerc que conseguiram ir à boxe pela primeira vez na corrida, com uma paragem mais curta que o habitual. Também Lance Stroll e Lewis Hamilton aproveitaram para ir à boxe pela segunda vez e montar novos pneus duros, e quando se esperava que tudo regressasse ao normal, ficou claro que não seria fácil retirar o carro de Bottas da escapatória na curva onze. A Direção da corrida determinou então a entrada em pista do Safety Car, e esta situação permitiu que grande parte dos pilotos fizesse a sua segunda recolha às boxes, como foi o caso da dupla da Red Bull, Verstappen e Pérez, pilotos que foram às boxes na mesma volta.

Seis voltas depois de bandeira amarela, com as utilizações do Virtual Safety Car e também do Safety Car, novo incidente voltou a travar a corrida, desta vez com Lance Stroll a permitir que o seu Aston Martin atingisse a traseira do carro de Daniel Ricciardo. E como um desastre raramente vem só para os RB… Yuki Tsunoda, o companheiro de Ricciardo, foi atingido também ele na traseira do seu monolugar mas por um Haas, o de Kevin Magnussen, numa situação que espoletou novamente a presença do Safety Car em pista.

Magnussen, assim como Lance Stroll, foram ambos penalizados devido às duas colisões em 10 segundos, ao mesmo tempo que Logan Sargeant foi igualmente penalizado em 10 segundos por não ter respeitado as regras do primeiro Safety Car e ter ultrapassado o Haas de Nico Hulkenberg. Com a sequência de paragens e acidentes em pista, acabaram por abandonar três pilotos, nomeadamente os dois pilotos da RB Honda e, claro, o Stake Sauber de Valtteri Bottas.

Nota final para a importância deste Grande Prémio de Xangai que permitiu o regresso da Fórmula 1 à China, algo que não acontecia desde 2019, ano em que se verificou uma vitória de Lewis Hamilton também em Xangai. Quanto ao presente Mundial, voltaremos a ver a categoria rainha do automobilismo em pista agora nos Estados Unidos da América, mais propriamente em Miami no domingo, 5 de Maio, para a sexta prova do Mundial de F1.

As tabelas após cinco GPs

Quanto à classificação deste GP de Xangai, ficou assim estabelecida…

Já em relação ao Mundial de Fórmula 1 no que à classificação dos pilotos diz respeito, o neerlandês é cada vez mais líder, agora com 110 pontos, mais 25 do que o seu companheiro de equipa, o mexicano Sergio Perez, numa tabela em que fica claro o domínio da Red Bull, seguida da Ferrari e logo depois da McLaren. Ao fim de cinco grandes prémios, apenas 14 pilotos conseguiram para já pontuar na presente temporada de Fórmula 1.

texto: Maria F. Reis