A Prolama, através do seu departamento “aventura” colocou no terreno a VII edição do Passeio TT que liga os territórios de Mafra a Reguengos de Monsaraz. Com o apoio dos dois municípios, este evento tido já como uma referência nos passeios TT fora de estrada, voltou a estar assente na ideia de concretizar um Portugal transversal, ligando as extremidades do nosso País, desde o oceano Atlântico na Ericeira, até à linha fronteiriça delineada pelo grande lago Alqueva.
O início do evento voltou a acontecer este ano na Tapada Nacional de Mafra, onde houve lugar a uma acção ambiental através da plantação simbólica de sete árvores, simbolizando as sete edições do passeio. Com a colaboração de muitos participantes, esta acção visou por parte da Prolama reforçar a atenção especial que esta entidade dedica ao seu programa “Green Team”. Antes da partida, os participantes puderam também assistir ao atelier, “as abelhas e a floresta”, cujo tema despertou atenção dos mais novos e sensibilizou toda a caravana.
Com as viaturas devidamente identificadas, foi possível percorrer alguns quilómetros dentro da Tapada Nacional, para depois de uma passagem pela falésia da praia de Ribeira d`Ilhas terminar o dia no jantar oficial de apresentação do passeio e do tema que uniu os dois concelhos, “o traje”, explicado superiormente pelos elementos do rancho folclórico da Malveira.
E foi na pitoresca vila da Malveira que teve início o segundo dia desta aventura, que levou os 65 carros participantes até Reguengos, permitindo a passagem pelos arrozais de Benavente, ainda pelo castelo de Evoramonte, descrito e explicado pelo jornalista Rui Cardoso, assim como na frondosa Serra de Ossa, um dos pontos altos deste percurso, conforme Rui Sousa explicou.
“Esta é uma oportunidade única para atravessarmos este maciço. Tem trilhos muito diversificados, onde o sobe e desce constante proporciona fortes emoções. Estamos perante o desmistificar que o Alentejo é plano, e todos os participantes ficaram agradados com esta parte do percurso, que voltaremos a percorrer no futuro”, reforçou um dos mentores desta aventura.
No último dia deste evento, a partida foi dada no jardim da cidade de Reguengos em direcção ao complexo da nova aldeia da Luz, no concelho de Mourão. No local foi explicado todo o processo de afundamento da velha aldeia, as principais dificuldades da população, e a dinâmica dos habitantes desta nova aldeia, o que deixou no ar várias questões. Seguiu-se a passagem pelo castelo de Mourão e um derradeiro troço fora de estrada, junto ás margens do grande lago Alqueva.
O almoço de encerramento e distribuição de prémios desta edição do Mafra/Reguengos, teve lugar no simbólico Convento da Orada, com uma nova passagem de “trajes alentejanos” e onde os mais dedicados receberam os prémios atribuídos pelo desempenho nos jogos tradicionais que a organização da Prolama aventura, levou a efeito.
No final também Carlos Silva destacou o facto deste passeio estar a emancipar-se, com a capacidade de poder, no futuro, ter ainda mais inovação. “Vamos continuar a apostar nesta organização enquanto os municípios acharem importante para cada região, e sempre que os participantes respondam como até aqui. Além de uma aventura ao volante, este passeio tem uma vertente histórica e cultural muito vincada, e reconhecidas valências em três áreas distintas: o ambiente, o mundo animal e a solidariedade, e assim vamos continuar no futuro”, concluiu.
Lançadas as bases para a edição de 2025 deste Passeio entre Mafra e Reguengos, que deverá ser feito então em sentido contrário, a partir da cidade alentejana até à costa atlântica, a Prolama assume novos desafios e deixou a promessa de inovação para um evento que continua a crescer em dimensão e em retorno.
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