Donald Trump, o candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, resolveu trazer a temática da indústria automóvel para a discussão da campanha eleitoral naquele país, prometendo taxas que, disse, poderão ir até aos 2000% ao automóveis estrangeiros, nomeadamente chineses que coloquem em causa o sucesso dos automóveis produzidos em território norte-americano.
Numa altura em que, segundo o próprio Donald Trump, um construtor chinês está a implementar uma fábrica no México que, refere o candidato republicano, será “a maior fábrica de automóveis do mundo“, Trump entende ser necessário tomar medidas radicais pelo que promete adoptar medidas protecionistas relativamente aos automóveis que são produzidos nos EUA.
Quando estamos a uma semana das eleições do próximo dia 5 de Novembro, Trump começou por acusar Kamala Harris de querer acabar com os carros a gasolina, segundo o candidato republicano porque Kamala Harris e o partido democrata defendem as regras publicadas pela Environmental Protection Agency (EPA).
Consciente de que a indústria automóvel é um dos suportes da economia dos EUA, Trump lembrou as regras publicadas pela EPA porque, segundo ele, estas regras, a serem colocadas em práticas, implicam a obrigatoriedade de que, em 2032, os veículos automóveis nessa altura em circulação no território norte-americano garanta uma redução para metade das emissões de dióxido de carbono (CO2) comparativamente com os valores verificados hoje em dia no mercado.

Depois, acrescenta Trump, os EUA precisam de aumentar a produção automóvel, sendo que para isso terão que ser aplicadas medidas protecionistas. Joe Biden, o presidente democrata que ocupa actualmente a Casa Branca, foi o primeiro a aplicar maiores tarifas sobre os veículos chineses para proteger a indústria americana, mas Trump entende que isso não é suficiente, tendo defendido já que devem ser aplicadas tarifas aos veículos automóveis produzidos no México, isto porque há construtores chineses que apostaram no território mexicano para implementar as suas fábricas.
Curiosamente, um acordo entre os Estados Unidos da América, o Canadá e o México pressupõe a aplicação de condições especiais para o comércio no sector automóvel entre aqueles três países. Só que Trump já veio dar conta que, segundo ele, este acordo está a ser usado por construtores chineses para conseguir entrar nos EUA com os seus veículos que entretanto serão produzidos no México, motivo pelo qual Donal Trump defende a aplicação de tarifas muito elevadas aos modelos que quiserem entrar no mercado dos EUA a partir do território mexicano.