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Ficosa manda 700 trabalhadores para lay-off na Maia

A empresa catalã de componentes justifica a medida com a quebra de encomendas na indústria automóvel. A suspensão do trabalho, que afeta também uma unidade em Itália, será revista mensalmente.

De acordo com a publicação digital espanhola El Economista, a empresa, considerada líder mundial no fabrico de retrovisores e que fornece marcas como a Volkswagen e Renault, acionou um Expediente de Regulação Temporal de Emprego (ERTE), equivalente ao lay-off em Portugal.

A paragem laboral afeta cerca de 240 trabalhadores na filial em Itália e pelo menos 700 na FicoCables, fábrica do grupo Ficosa em Vermoim, na Maia, que emprega cerca de 900 pessoas. Fontes da empresa catalã citadas no El Economista falam de “um ajuste temporal nas necessidades de produção, causado pelo complexo contexto global da indústria automóvel”.

A empresa não avança prazos concretos para o levantamento do lay-off. Ao El Economista foi apenas dito tratar-se de “uma medida temporal, que será revista mensalmente”, de forma a “garantir a sustentabilidade futura das operações”.

Já no relatório e contas de 2023, a empresa admitia que “a alta volatilidade de procura de veículos elétricos” era “um elemento de preocupação na produção e gestão das cadeias de fornecimento”.

Agora, com dois processos de lay-off, a situação é mais impactante em Portugal, o terceiro país em que a Ficosa tem mais trabalhadores, a seguir a Espanha e Polónia.

Gustavo Gaspar, responsável pela área da indústria do Sindicato Nacional da Indústria e da Energia (Sindel), em declarações ao Jornal de Negócios, recorda que “a FicoCables, que produz cablagens para automóveis e tem cerca de 900 trabalhadores, avançou para lay-off em meados de setembro, mês em que um dos setores esteve oito dias em lay-off e outro setor quatro dias; em outubro esteve quatro dias totalmente em lay-off e um dia em novembro”.

Fundada no final de 1971, a FicoCables foi a primeira fábrica que o grupo sediado em Barcelona abriu fora de Espanha e chegou a empregar mais de 1.400 pessoas. Há cinco anos, num investimento de 5 milhões de euros, a unidade da Maia foi ampliada com um novo edifício de 7800 m2 de superfície.

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