A Nissan e a Honda assumiram hoje estar a “explorar várias possibilidades para colaboração futura”, após várias notícias de provável fusão divulgadas pela imprensa japonesa. O ano de 2025 promete trazer ao mundo o terceiro maior grupo automóvel em vendas, atrás da Toyota e Volkswagen.
Nissan e Honda, duas marcas representadas no mercado português pelo mesmo importador, a Caetano Automotive do Grupo Salvador Caetano, anunciaram em março ter começado a negociar uma aliança para produzir componentes e programas para veículos elétricos, numa tentativa de reduzir custos e reforçar a competitividade.
Depois, em agosto, as empresas chegaram a acordo para desenvolver conjuntamente ‘software’, como sistemas operativos para automóveis, e padronização de peças para veículos elétricos.
Agora, o entendimento parece estar a dar frutos e levou mesmo a bolsa de Tóquio a suspender temporariamente as negociações da Nissan, que subiram 23,7%, quando a negociação foi retomada.
Ao negociar a união de ativos numa empresa conjunta, Nissan e Honda pretendem, segundo os analistas, fazer face à concorrência dos fabricantes de veículos elétricos chineses e norte-americanos, como a Tesla.
Segundo o jornal japonês Nikkei, a Honda pretende assinar em breve um memorando de entendimento com a Nissan que poderá incluir também a Mitsubishi, da qual a Nissan detém 34% e é a principal acionista.
A concretizar-se, a fusão vai deixar o mercado automóvel japonês dividido em dois grandes blocos, um formado pela Nissan e pela Honda e outro pela Toyota. Mundialmente, o grupo Nissan-Honda tornar-se-á o terceiro maior com vendas globais combinadas de 7,35 milhões de unidades, em 2023, atrás apenas de Toyota (11,23 milhões) e Volkswagen (9,23 milhões).
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