‘Ano novo, novos preços’ é um chavão recorrente todos os anos nos primeiros dias de cada Janeiro, sendo certo e sabido que por regra quase tudo passa a pesar mais na carteira. Que é como quem diz, a dita cuja carteira vai ficando mais leve. Para que não se esqueça do que vai encontrar neste 2025 quando se fizer à estrada, o LusoMotores aqui lhe deixa uma síntese do que sobe e do que desce.
A subir
- Combustíveis
Por muito que se oiça falar de que o que se paga é consequência da flutuação dos preços do crude, o que custa ao automobilista é a pouca flutuação da boia no depósito do carro, quando inevitavelmente tem de o abastecer. Apesar das variações semanais de cêntimos nos preços do gasóleo e gasolina, fique desde já a saber que em 2024 a tendência foi sempre de subida dos custos. Exemplos com base nos preços médios reportados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG): a 2 de Janeiro de 2024, a gasolina simples 95 custava 1,643€/litro e a 31 de Dezembro estava nos 1,719€/litro. Mais 4,6%. Já com o gasóleo simples, entre as mesmas datas, a variação foi de 1,559€/litro para 1,61€/litro: mais 3,3%.
Mas o que lá vai, lá vai, como diz o povo, e convém agora saber o que se vai pagar em 2025 para abastecer: mais, muito provavelmente… Isto porque o Governo agravou a taxa de Imposto sobre os Produtos Petrolíferos e Energéticos (ISP) em três cêntimos por litro, o que deverá render mais 752,5 milhões de euros aos cofres do Estado. A explicação é de que esse acréscimo irá compensar uma baixa equivalente na taxa de carbono. Só que isso desagrada à União Europeia, que tem pressionado os estados-membros a não intercederem nos preços. Daí, ser de admitir que a taxa de carbono possa voltar a subir e os preços dos combustíveis… também.
- Portagens
A Brisa, principal concessionária de autoestradas em Portugal, já está a aplicar aumentos da ordem dos 2,21% em 52 das 93 taxas de portagem aplicadas à classe 1.
Em termos práticos, atravessar as pontes Vasco da Gama e 25 de Abril está cinco cêntimos mais caro para os veículos da classe 1. Para os de classe mais alta o agravamento é de até 25 cêntimos na Vasco da Gama e de 15 cêntimos na 25 de Abril.
O percurso Lisboa/Porto custa mais 70 cêntimos (24,60€) e ir de Lisboa ao Algarve são mais 60 cêntimos (23,30€).
Já na A5, entre Lisboa e Cascais, o percurso mantém-se nos 1,50 euros, excetuando a saída para Oeiras que aumentou cinco cêntimos, para um total de 0,40 euros.
A passagem pela CREL já custa mais 15 cêntimos, num total de 3,70 euros.
- Transportes
Os preços dos transportes públicos de passageiros aumentam em média 2,02% este ano. Ainda assim, os passes Navegante mantêm os preços de 2024 na Área Metropolitana de Lisboa, assim como os bilhetes ocasionais na Carris Metropolitana.
Já o bilhete ocasional da Carris/Metro aumentou cinco cêntimos.
Na Área Metropolitana do Porto os preços também ficaram sem alterações, quer no passe Metropolitano, quer no Passe Municipal.
A descer
- IUC e ISV
Dois impostos que, a bem dizer, descer de preço não descem. Mas também não sobem: ficam na mesma. Decorrente do Orçamento do Estado para 2025, o ISV (Imposto Sobre Veículos) e o IUC (Imposto Único de Circulação) mantêm os mesmos valores de 2024.
- SCUT
Após 13 anos, a sigla SCUT volta a justificar o nome a partir do qual foi criada: ‘Sem Custo para o Utilizador’. Desde o dia 1 de Janeiro, as portagens foram abolidas em vias rápidas estruturantes do Interior e do Algarve. A saber, deixou-se de pagar, na A4 – Transmontana e Túnel do Marão; A13 e A13-1 – Pinhal Interior; A22 – Algarve; A23 – Beira Interior; A24 – Interior Norte; A25 – Beiras Litoral; e Alta e A28 — Minho, esta última apenas nos troços entre Esposende e Antas e entre Neiva e Darque.
- Usados importados
Devido sobretudo à mudança da fórmula de cálculo do ISV para os carros usados importados, haverá uma carga fiscal menos gravosa sobre os carros com emissões de CO2 mais altas.
Com as medidas incluídas no Orçamento de Estado para 2025, os veículos importados deverão ficar este ano mais em conta, com reduções que podem atingir até 50% face a 2024, como o Lusomotores já deu conta.
- Carregamento de elétricos
Com a redução das tarifas para comercializadores e operadores é expectável que os preços de carregamentos de carros elétricos baixem. Como o LusoMotores noticiou, a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) prevê uma diminuição entre 4,5% e 5,5% no custo final.
LusoMotores
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