A temporada de 2025 de Fórmula 1 promete dar que falar em face da “lei da rolha” imposta pela FIA (Federação Internacional de Automobilismo) através do Código Desportivo Internacional introduzido para a época que aí vem. Em causa está a introdução de regras rígidas de conduta para os pilotos que serão punidos se proferirem palavrões, mas também se avançarem para manifestações de posições políticas sem autorização prévia da FIA, situações que implicarão multas pecuniárias duras, suspensão de corridas ou perda de pontos no campeonato.
Será bom recordar que já na última época o neerlandês e campeão mundial Max Verstappen foi obrigado a cumprir trabalho comunitária depois de algumas expressões que proferiu publicamente em conferências de Imprensa e que desagradaram aos dirigentes da FIA. Agora, pilotos que incorram no mesmo erro, usando linguagem ofensiva, avancem para confrontações físicas e outras ações que prejudiquem a imagem da FIA e do automobilismo será duramente penalizados.
Mas a atenção da “polícia de costumes” da Fórmula 1 não deverá ficar por aí, isto porque a tomada de posições políticas, religiosas ou pessoais controvérsias por parte dos pilotos poderão ser igualmente penalizadas, com multas que deverão começar nos 40 mil euros para uma primeira ocorrência, duplicando na segunda, chegando aos 120 mil euros em situações reincidentes no prazo de dois anos, podendo estas multas ser acompanhadas por suspensões e perda de pontos.

A FIA já veio justificar estas medidas alegando que outras entidades desportivas, como a NFL, que gere o futebol americano, ou a FIFA, à frente do futebol mundial, têm políticas semelhantes visando a proteção dos valores desportivas nas respetivas modalidades. Ainda assim, a julgar pela forma como os pilotos receberam as penalizações aplicadas na última época a Verstappen mas também a Charles Leclerc, não se prevê que a FIA tenha uma tarefa fácil ao longo da época, não apenas na questão da linguagem, mas também na manifestação de posições por parte dos pilotos sobre causas políticas, até porque se sabe que alguns dos nomes mais sonantes do pelotão da F1 têm posicionamentos públicos em diversas causas que poderão tornar-se controversos.