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Portugal espera ultrapassar travões de Trump no aço e alumínio

A partir de 12 de Março, os Estados Unidos (EUA) vão aplicar tarifas de 25% sobre as importações de aço e alumínio, uma sobrecarga que a metalurgia e metalomecânica portuguesa espera evitar.

Desta vez, Donald Trump afirma que não haverá “exceções ou isenções” e que as tarifas de 25% são “para todos os países”, algo que não ocorreu no seu primeiro mandato (2017-2021), quando concedeu quotas isentas de impostos a vários parceiros comerciais, incluindo o Canadá, o México, a Austrália e o Brasil.

Com a União Europeia a prometer retaliar face às novas tarifas dos EUA, a indústria portuguesa de metalurgia e metalomecânica espera não ser duramente afetada, supondo que as “taxas incidem sobretudo sobre as matérias-primas e não somos exportadores de matérias-primas”.

Inquirido pela agência Lusa, Rafael Campos Pereira, vice-presidente da Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal admite que as taxas de Trump irão incidir “residualmente sobre outros produtos”, mas espera que as empresas norte-americanas continuem a procurar Portugal “para encontrar fornecedores qualificados e fiáveis”.

A metalurgia portuguesa exporta cerca de 1.000 milhões de euros para os EUA e, segundo Rafael Campos Pereira, o caminho passa por “especialização e acrescentar valor, diversificando também mercados, tal como já tem vindo a acontecer”.

Apesar da esperança de poder ultrapassar os travões de Trump às importações, Portugal pode vir a ser atingido à semelhança de outros países europeus, até porque o presidente dos EUA já sugeriu aplicar taxas sobre as importações de automóveis e microprocessadores.

Para já, o presidente dos EUA decidiu taxar “todas as importações de artigos de aço e derivados de aço provenientes da Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, países da União Europeia, Japão, México, Coreia do Sul e Reino Unido”, segundo diz uma das suas ordens executivas.

Como pano de fundo do protecionismo de Trump está a queda significativa da produção metalúrgica norte-americana nas últimas duas décadas, com o país a importar atualmente cerca de um quarto do aço que utiliza, sobretudo do Brasil, México, Coreia do Sul, Vietname, Japão, Alemanha e Canadá, que é também o maior fornecedor de alumínio para a indústria norte-americana.

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