A marca alemã vai eliminar 7500 postos de trabalho até 2029, de forma a tentar economizar mil milhões de euros. As quedas nos lucros e as dificuldades no mercado chinês são dadas como justificação.
Já no início deste mês, o encerramento da sua fábrica em Bruxelas, que poderá ser reconvertida para fabricar armamento, terá sido o prenúncio de medidas drásticas que o construtor alemão se preparava para tomar.
Agora, em comunicado, a Audi anuncia um grande corte de postos de trabalho, na Alemanha, em áreas de administração e desenvolvimento, durante os próximos quatro anos.
Num comunicado de 17 de março, o diretor-executivo Gernot Döllner sustenta que a marca se deve tornar “mais rápida, mais ágil e mais eficiente” e que as mudanças não são possíveis “sem ajustes de pessoal”.
Segundo a marca alemã, a redução dos postos de trabalho corresponde a cerca de 14% da sua força de trabalho e não irá afetar os trabalhadores de fábrica. O construtor adianta ainda não pretender recorrer a despedimentos, preferindo acordos de rescisão.
Desde 2019, a Audi cortou cerca de 9500 postos de trabalho na produção e redirecionou investimentos para a produção de veículos elétricos.
Sucede que, tal como outras marcas, a Audi tem experimentado dificuldades nalguns mercados como o chinês, um dos motivos para a queda dos lucros em 2024 da ordem dos 33%, que se ficaram pelos 4.189 milhões de euros.
Também o volume de negócios caiu no ano passado para 64.532 milhões de euros, menos 7,6% em relação a 2023, e o lucro operacional piorou, para 3.903 milhões de euros, menos 37,8% do que no ano anterior.
Uma explicação para os resultados, segundo a marca, é precisamente o custo da reestruturação decorrente do encerramento da unidade de produção em Bruxelas. Que as autoridades belgas tentam aproveitar, nem que seja para produzir armamento.