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Noruegueses prometem baterias mais baratas e duradouras

Sem cobalto, com menos lítio e níquel, que são matérias-primas mais raras, investigadores noruegueses estão no processo final de testes para apresentar novas baterias mais sustentáveis para veículos elétricos.

As pesquisas levadas a cabo na Fundação para Pesquisa Industrial e Técnica da Noruega (SINTEF), no âmbito do projeto europeu IntelLiGent, estão já na fase final, com a equipa de investigadores a querer colocar em produção os novos elétrodos, que são componentes fundamentais das novas baterias.

Nils Peter Wagner, coordenador das pesquisas, adianta na página de internet da SINTEF, que uma das inovações conseguidas se concentra no cátodo, o elétrodo negativo da bateria, que é construído com o material LNMO, “que significa lítio-níquel-óxido de manganésio. O material é livre de cobalto e contém menos lítio e níquel do que os materiais usados ​​nas baterias atuais.”

O investigador explica que “o LNMO fornece alta voltagem média, sem falhas e tem alta densidade energética: pode criar mais energia num volume menor, de modo a que a bateria tenha um alcance maior.”

Do outro lado da bateria, o ânodo é feito com um composto de silício e grafite. O silício pode absorver muito mais iões de lítio, o que fornece mais energia, enquanto a grafite fornece força e estabilidade, para que a bateria dure mais.

Nils Peter Wagner explica que “os ânodos de silício incham significativamente durante o carregamento e o descarregamento, o que pode causar a quebra do material”. A solução para esse problema passou por explorar “a estabilidade da grafite, para que as baterias tenham a melhor durabilidade e tempo de vida possível.”

Além de um novo eletrólito nas novas baterias, os cientistas usam também aglutinadores, para manter a estrutura do elétrodo, e separadores, que garantem que os elétrodos se mantenham fisicamente separados, evitando curtos-circuitos.

Wagner salienta que “os aglutinantes e separadores permitem que as baterias se protejam e se reparem, o que, por sua vez, ajuda a estender sua vida útil.”

Com o processo já na reta final, o investigador assume que o SINTEF terá criado “a ‘receita’ para a tecnologia de baterias do futuro, escolhendo algumas das melhores, mais acessíveis e menos prejudiciais matérias-primas ao meio ambiente.”

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