O Opel ‘Type Olympia’ de 1935 foi, segundo a marca, o primeiro veículo produzido em série com uma carroçaria autoportante totalmente em aço e lançou as bases para uma produção automóvel moderna.
Em comunicado, a marca alemã relembra todo o percurso do Opel ‘Type Olympia’, apresentado há 90 anos no Salão Automóvel de Berlim. Era um “modelo inovador”, inicialmente “uma berlina descapotável, sendo que, pouco depois, foi também produzido com um tejadilho fechado em chapa.”
O construtor refere que se tratou do “primeiro veículo produzido em massa na Alemanha com uma carroçaria autoportante totalmente em aço, para a qual a Opel recebeu uma patente.” Na prática, “a carroçaria e o chassis eram fundidos numa estrutura”, um “conceito que marcou uma rutura com as técnicas de construção convencionais na produção automóvel da altura.”
Com um peso de apenas 835 quilos, o Olympia pesava menos 135 quilos do que o seu antecessor. Tornou-se “a berlina de produção mais económica e também a mais rápida”, usufruindo de um “motor de 1,3 litros, inicialmente com 18 kW (24 cv)”, que lhe conferia “uma velocidade máxima de 95 km/h”, com “uma média de 9,5 litros de gasolina por cada 100 quilómetros percorridos.”
O centro de gravidade do Olympia era cerca de 15 centímetros mais baixo do que o anterior Opel 1.3 litros, tinha uma distância entre eixos de 2,37 metros e um comprimento total de apenas 3,95 metros.
O tejadilho era feito de uma única peça de aço e conferia ao automóvel uma estabilidade adicional, sendo que o Olympia também estreou a “integração dos faróis na carroçaria”, que era mais leve do que a dos demais automóveis dos anos 30 do século passado.
A Opel relembra que “todo o processo de produção era mais rápido e mais eficiente, vantagens económicas que também eram transmitidas aos clientes através de preços acessíveis. A berlina Olympia de duas portas e a berlina Cabriolet de duas portas estavam disponíveis a partir de 2.500 marcos alemães, o que representava uma redução de 350 marcos em relação ao modelo anterior, de 1,3 litros.”
Para além de ter revolucionado o design dos veículos e o processo de produção com o Olympia, a Opel teve “outro motivo para celebrar em 1935: a marca foi o primeiro fabricante de automóveis alemão a ultrapassar a fasquia dos 100 mil veículos em produção anual.”


Olympia no ar e no cinema
Em 1936, o Olympia tornou-o no primeiro automóvel a subir literalmente aos céus. “Na barriga do famoso dirigível LZ 129 Hindenburg, a unidade número 500 mil foi transportada até ao Rio de Janeiro”, no Brasil, uma viagem que demorou “apenas três dias.”
Onze anos mais tarde, em 1947, “o Olympia tornar-se-ia o protagonista do filme alemão ‘In jenen Tagen’ (‘Naqueles Dias’) de 1947”, em que a história de uma década foi contada simbolicamente a partir da perspetiva do automóvel.
Gerações seguintes de modelos Opel continuaram a “ostentar a denominação Olympia até ao início da década de 1970, refletindo a engenharia inovadora, a qualidade e a fiabilidade”, conclui a marca que agora assinala os 90 anos do modelo.