YazakiSaltano

Yazaki Saltano é a mais recente ‘vítima’ da crise automóvel

A fábrica de cablagens de Ovar vai despedir 364 trabalhadores, que tentam agora negociar as indemnizações com a multinacional japonesa. A quebra de vendas é a justificação para a redução de postos de trabalho.

A empresa assume, em declarações ao jornal online Eco, que está “a ser fortemente afetada pela atual situação crítica da indústria automóvel europeia” e “tal como muitos outros grandes fornecedores, as vendas dos produtos Yazaki estão significativamente aquém das expectativas”.

O despedimento de mais de 350 trabalhadores da Yazaki, maioritariamente da fábrica de Ovar, mas também no escritórios em Vila Nova de Gaia, surge assim como mais um capítulo da crise que afeta a produção automóvel. Seja na Europa, caso do recente fecho da fábrica da Audi em Bruxelas e de unidades da Volkswagen na Alemanha, seja em Portugal, com a recente situação de lay-off na Ficosa.

No caso da Yazaki Saltano, a empresa dedicada à produção de material elétrico, designadamente fios, cabos elétricos e cablagens elétricas para automóveis garante ter criado um gabinete de apoio para tratar dos processos de rescisão. Ainda assim, a contestação e as acusações de deslocalização da produção têm-se feito ouvir.

O sindicato SITE Centro Norte, afeto à CGTP, indicou que o despedimento coletivo será transversal a vários setores da fábrica e irá afetar, sobretudo, os funcionários mais velhos, que estão mais perto da idade da reforma, e os que estão há menos tempo na fábrica.

Face aos despedimentos, a Câmara de Ovar mostrou-se disponível para apoiar os trabalhadores da fábrica de componentes automóveis, enquanto o PCP dirigiu mesmo perguntas aos ministros da Economia e do Trabalho: o deputado Alfredo Maia quer saber se a empresa beneficiou de apoios públicos, nacionais ou comunitários, para os seus investimentos e lembrou que a partir de 1998, a Yazaki Saltano “iniciou o processo de deslocalização e desvio de linhas produtivas para Marrocos, tendo reduzido para cerca de metade o número de trabalhadores” e promovido “vários despedimentos coletivos”, nomeadamente em 2006 e 2008.

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