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Sébastien Ogier (Toyota) conquista a sétima vitória no Rally de Portugal

O piloto francês Sébastien Ogier, aos comandos de um Toyota GR Yaris Rally1, garantiu este fim-de-semana mais uma vitória no Vodafone Rally de Portugal 2025, passando a somar sete triunfos na prova lusa, ele que possui agora um total de 63 vitórias ao longo da sua carreira em provas do Campeonato do Mundo de Ralis (WRC). E se em termos pessoais este sucesso foi importante para o piloto, não o terá sido menos para a Toyota, isto porque o construtor nipónico pôde assim manter a invencibilidade na presente temporada do Mundial de Ralis.

Logo atrás de Ogier, e depois de liderar cerca de dois terços da prova, terminou o azarado Ott Tänak, em Hyundai I20N Rally1, um segundo lugar certamente com um sabor amargo, ainda assim com o mérito de ter sido o piloto com mais vitórias em especiais. O pódio ficou completo com Kalle Rovanperä (Toyota), em terceiro.

Entre os muitos pilotos portugueses que alinharam à partida de mais esta edição do Vodafone Rally de Portugal, Armindo Araújo, aos comandos de Skoda Fabia RS Rally2, foi, pela 14ª vez, o melhor piloto luso na prova, ele que terminou no 26º lugar final a 22m42,2s de Ogier.

Com organização do Automóvel Club de Portugal (ACP), o Rally de Portugal conheceu assim mais uma edição marcada pela competitividade e pela adesão do público, tendo chamado às regiões Centro e Norte do país mais de um milhão de espectadores.

Ogier aumentou palmarés
já ímpar em Portugal

Agora com as já referidas sete vitórias no Rally de Portugal, o francÊs Sébastien Ogier continua a transportar o estatuto de lenda do desporto mundial, para o que muito contribuem os seus oito títulos de Campeão Mundial de Ralis — entre 2013 e 2021 só não venceu em 2019 —, somando já 63 vitórias no WRC. Ainda assim, a fome de vencer mantém-se neste piloto francês que, aos 41 anos de idade, e quinze anos depois de ter conseguido a primeira vitória no WRC, pôde somar assim o seu 63º triunfo da carreira e o sétimo na prova organizada pelo ACP.

Em termos práticos, Sébastien Ogier ganhou, em década e meia, quase metade das edições em que participou, este ano por apenas 8,7 segundos de vantagem para o segundo classificado, o estoniano Ott Tänak, da Hyundai, depois de uma luta particularmente difícil como o próprio Ogier reconheceu: “O carro esteve ótimo durante todo o fim de semana. Mostrámos mais uma vez que a gestão de corrida é uma arte que dominamos. Feliz… ganhar sete vezes em Portugal não é nada mau. O público empurrou-me desde os reconhecimentos. Foi uma luta difícil com o Ott e não foi justo com o problema que ele teve.”

Na segunda posição, a escassos 8,7 segundos, terminou o piloto que venceu maior número de classificativas – 12 – mas também o grande azarado da edição deste ano do Vodafone Rally de Portugal: Ott Tänak. O estoniano liderou a prova da segunda à 16ª classificativa, até a direção assistida do Hyundai o trair e o obrigar a perder umas boas dezenas de segundos. Uma infelicidade que o impediu de lutar por uma vitória no WRC, que lhe escapa desde 2022, mas também à Hyundai quebrar a invencibilidade da Toyota.

“Hoje (sábado), foi sempre no limite. Depois da deceção de ontem, ou regressava a casa com o segundo lugar ou com o volante na mão! Pelo menos o desempenho deixa boas perspetivas para o futuro”, afirmou. 

Com apenas dois melhores tempos em classificativas, o bicampeão do mundo (2022 e 2023) Kalle Rovanperä, em Toyota, foi o terceiro classificado, ele que confessou que o resultado não foi uma surpresa: “Foi um fim-de-semana longo e difícil para nós. Não conseguimos encontrar ritmo. Faltou-nos muita velocidade. Simplesmente não tivemos aderência, nem andamento. Temos de trabalhar nisso.”

Já o actual campeão do mundo em título, Thierry Neuville (Hyundai), foi o quarto classificado, nunca tendo estado em posição de lutar pela vitória: “Não foi divertido, pois estive sempre em luta com o carro. Estou feliz por terminar, mas desiludido pela equipa. Merecíamos mais. Vamos continuar a lutar.”

O japonês Takamoto Katsuta (Toyota) fechou o quinteto da frente, seguido do colega de equipa e atual líder do WRC, Elfyn Evans. “Não foi um fim de semana fácil. A sexta-feira foi dura e tornámos as coisas ainda mais difíceis para nós depois disso. Estamos desiludidos com o resultado e temos de melhorar na Sardenha”, afirmou o galês.

O jovem Sami Pajari (Toyota) foi o sétimo classificado, precedendo a dupla da M-Sport Ford, Josh McErlean e Grégoire Munster. 

Sétima vitória no WRC2
para o sueco Oliver Solberg 

O piloto sueco Oliver Solberg estreou-se a vencer na categoria WRC2 no Vodafone Rally de Portugal. Aos comandos de um Toyota GR Yaris Rally2, Solberg dominou a prova desde o início e terminou com 51,8 segundos de avanço sobre Yohan Rossel, tendo manifestado a sua admiração pelo número de pessoas que acompanharam as classificativas desta edição do Vodafone Rally de Portugal.

O sueco imprimiu um andamento fortíssimo na primeira etapa e ganhou uma vantagem que lhe permitiu gerir o andamento até final e vencer a categoria pela segunda vez este ano, repetindo o triunfo da Suécia. “Na sexta-feira, dei o máximo. Foi um fim de semana longo, o feeling foi bom e a equipa entregou-me um carro impecável. Os fãs aqui são incríveis, nunca vi tantas pessoas nas especiais em toda a minha vida”, referiu Solberg. 

A terceira etapa viveu da luta pelo segundo lugar entre Gus Greensmith (Skoda Fabia RS Rally2) e Yohan Rossel (Citroën C3 Rally2). O francês ascendeu ao segundo lugar no troço de Felgueiras, venceu as duas classificativas seguintes e garantiu a posição com 16,4 segundos de avanço para Gus. “Era impossível bater o Solberg. Aproveitamos para perceber como se comportavam os pneus Hankook no Citroën C3 e foi importante para preparar o Rali da Sardenha”, afirmou Rossel que mantém o primeiro lugar no campeonato. 

Australiano na frente do FIA Junior WRC
e Armindo Araújo como melhor português
 

O australiano Taylor Gill sentiu a pressão do sueco Mille Johansson na derradeira etapa, mas conseguiu segurar a liderança e conquistar a segunda vitória na categoria FIA Junior WRC. O turco Kerem Kazaz terminou em terceiro. Gill venceu também na categoria WRC3. Já entre os pilotos portugueses em prova, Armindo Araújo o melhor representante luso pela 14ª vez, numa edição em que apenas quatro pilotos nacionais chegaram ao final do Rally de Portugal.

Armindo Araújo, num Skoda Fabia RS Rally2, foi o melhor português ao terminar na 26ª posição. “É um orgulho enorme conseguir, pela décima quarta vez, terminar o Rali de Portugal como o melhor piloto nacional e voltar a subir ao pódio do que considero ser o melhor rali do mundo.”

“Foram quatro dias muito exigentes, mas conseguimos sempre impor um ritmo seguro que nos permitiu gerir a prova sem qualquer problema mecânico. Apenas um furo na sexta-feira impediu que pudéssemos juntar a vitória no CPR a este excelente resultado, mas estamos muito satisfeitos com o desfecho deste rali”, sublinhou o piloto de Santo Tirso. 

Pedro Meireles concluiu a prova no 28º lugar e venceu a Masters Cup, competição destinada a pilotos com mais de 50 anos, enquanto Diogo Salvi (Ford) foi 29º e o terceiro melhor português, ele que foi o único piloto luso ao volante de um carro da categoria Rally1 nesta edição do Vodafone Rally de Portugal.

“Que festa — adorei! Fui muito lento, mas foi fantástico. Obrigado ao Axel (navegador), que para além de ter feito um trabalho magnífico, teve uma paciência incrível para me aturar. Também obrigado a toda a equipa da M-Sport, que fez um trabalho tremendo! Por fim, mas não menos importante, a minha família: sempre a reclamar, por estar à minha espera e, sobretudo, ao amor da minha vida por cuidar das crianças. Ela odeia ralis, mas esta noite vai ter um jantar tête-à-tête com champanhe” afirmou Diogo Salvi, um empresário da área das tecnologias da informação que decidiu realizar o sonho de conduzir um carro da categoria Rally1 na prova lusa do Mundial de Ralis (WRC). 

Diogo Marújo (Skoda) foi o quarto melhor português, terminando o rali na 33ª posição, numa prova que terminou com a classificação final estabelecida do seguinte modo…

Vodafone Rally de Portugal – 2025
1º Sébastien Ogier/Vincent Landais (Toyota GR Yaris Rally1), com 3h:48.35,9
2º Ott Tänak/Martin Järveoja (Hyundai I20N Rally1), a 8,7s 
3º Kalle Rovanperä/Jonne Halttunen (Toyota GR Yaris Rally1), a 12,2s 
4º Thierry Neuville/Martijn Wydaeghe (Hyundai I20N Rally1), a 38,5s 
5º Takamoto Katsuta/Aaron Johnston (Toyota GR Yaris Rally1), a 1m.41,9,8 
6º Elfyn Evans/Scott Martin (Toyota GR Yaris Rally1), 2m.31,0 
7º Sami Pajari/Marko Salminen (Toyota GR Yaris Rally1), a 2m.38,3 
8º Joshua McErlean/Eoin Treacy (Ford Puma Rally1), a 5m.12,3
9º Grégoire Munster/Louis Louka (Ford Puma Rally1), a 5m.57,5 
10º Oliver Solberg/Elliott Edmondson (Toyota GR Yaris Rally2), a 9m.15.1 (1º Rally2)
(…)
26º Armindo Araújo/Luís Ramalho (Skoda Fabia RS Rally2), a 22m42,2s

Concluído o Vodafone Rally de Portugal, Elfyn Evans, em Toyota, continua na liderança do Mundial de Pilotos, com trinta pontos de vantagem para o seu companheiro de equipa Kalle Rovanperä…

Campeonato de Pilotos
1 – Elfyn Evans – 118 pontos 
2 – Kalle Rovanperä – 88
3 – Sébastien Ogier – 86
4 – Ott Tänak – 84
5 – Thierry Neuville – 78
6 – Takamoto Katsuta – 51
7 – Adrien Fourmaux – 44
8 – Sami Pajari – 25
9 – Grégoire Munster – 18
10 – Joshua McErlean – 12

Já na luta entre os construtores, a nipónica Toyota mantém-se na frente da sul-coreana Hyundai…

Campeonato de Construtores
1 – Toyota Gazoo Racing WRT – 258 
2 – Hyundai World Rally Team – 203
3 – M-Sport Ford World Rally Team – 72
4 – Toyota Gazoo Racing WRT2 – 36

Nota final para a classificação referente ao Mundial WRC2, aqui com a indicação dos três primeiros classificados…

Classificação WRC2
1 – Yohan Rossel – 67 pontos 
2 – Oliver Solberg – 60 
3 – Gus Greensmith – 40

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