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Auf Wiedersehen Nürburgring – circuito sai de vez da Fórmula 1

O diretor do circuito alemão confirma que a pista não voltará ao calendário da Fórmula 1 por inviabilidade financeira, devido ao atual modelo económico da competição.

Em entrevista ao jornal Kölner Express, o diretor de Nürburgring, Ingo Boder, diz que o modelo atual de negociação com a Fórmula 1 é economicamente inviável, descartando qualquer possibilidade do circuito vir a acolher a competição.

Ingo Boder salienta que “como operadores do circuito, teríamos de ‘comprar’ a F1 como formato de competição e cobrir os custos com a venda de ingressos”. Seria na sua ótica “uma tarefa quase impossível”, porque “todos os direitos comerciais pertencem à categoria.”

A Fórmula 1 costuma cobrar uma taxa (o chamado ‘hosting fee’) que varia entre € 10 milhões e € 30 milhões, dependendo do país e do circuito. Além disso, exige que os autódromos estejam em ótimas condições, o que muitas vezes implica reformas, investimentos e custos operacionais elevados, como arquibancadas provisórias, segurança e limpeza.

História de Nürburgring

O circuito alemão já acolheu 41 Grandes Prémios de Fórmula 1 desde 1951. Entre 2008 e 2013 passou a alternar com Hockenheim o GP da Alemanha com Hockenheim e recebeu a última corrida da categoria em 2020, numa temporada marcada pela pandemia da Covid-19.

A primeira configuração do traçado, Nordschleife, também conhecida como ‘Inferno Verde’, é considerada uma das mais complicadas da história do automobilismo, com mais de 20 km de extensão.

O circuito foi palco de cinco mortes entre 1954 e 1969, o que levou então a protestos dos pilotos. Em 1970, o GP foi transferido para Hockenheim, mas Nordschleife voltou ao calendário em 1971 e permaneceu até 1976, quando Niki Lauda sofreu um grave acidente que quase lhe custou a vida. A partir daí, a Fórmula 1 proibiu corridas em pistas muito longas, o que levou ao abandono de Nürburgring.

Foi em Nürburgring que o argentino Juan Manuel Fangio conquistou o seu quinto e último título, em 1957, com um Maserati 250F. Em 2020, Lewis Hamilton também alcançou uma marca histórica no circuito, quando igualou o recorde de 91 vitórias de Michael Schumacher.

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