O líder máximo da Fórmula 1, o italiano Stefano Domenicalli, confirma o interesse português, mas alerta que há muitos mais interessados a lutar pela ‘pole position’ para acolher um Grande Prémio.
Apesar do primeiro-ministro, Luís Montenegro, ter afirmado na Festa do Pontal que o Governo “tem tudo pronto” para formalizar o regresso da Fórmula 1 ao Algarve já a partir de 2027, o CEO da competição veio lembrar, à margem do Grande Prémio de Monza, em Itália, que “há pouquíssimas vagas.”
Stefano Domenicalli adiantou que há vários países interessados em integrar o calendário. Além de Portugal, há a “Turquia e, recentemente, Hockenheim, na Alemanha, que demonstraram interesse.”
Domenicalli alerta que “os possíveis anfitriões devem entender que há pouquíssimas vagas disponíveis. Portanto, aqueles que se sentam à mesa precisam de ter poder financeiro”, o que implica inevitavelmente apoios estatais, algo que o primeiro Luís Montenegro assumiu no Algarve: “Estes eventos implicam algum esforço financeiro por parte do governo, mas têm um retorno quer financeiro direto, quer indireto de promoção que valem, sinceramente, a pena.”
Sucede que, segundo Domenicalli, a “situação é diferente de há alguns anos, não apenas pelo que é necessário para entrar na Fórmula 1, mas também pelo que deve ser investido.”
Este ano, Imola (Itália) recebeu o seu último Grande Prémio e Zandvoort, nos Países Baixos, acaba o contrato em 2026. Só que com o calendário já preenchido por 24 corridas, serão poucas as novidades a introduzir nos próximos anos. Acresce que, segundo Stefano Domenicalli, a Arábia Saudita está interessada num segundo evento, além de haver novos destinos no Ruanda e Tailândia, candidaturas que estarão adiantadas face a Portugal e Turquia.
O Autódromo Internacional do Algarve, onde o primeiro-ministro quer voltar a colocar um Grande Prémio de Fórmula 1, recebeu duas provas em 2020 e 2021, beneficiando das restrições provocadas pela pandemia de Covid-19 em alguns países.