A Ford acaba de apresentar os mais recentes elementos da gama Fiesta, nomeadamente as suas versões Vignale, a mais requintada, e ST-Line, uma variante mais desportiva , que se juntam aos já conhecidos Business e Titanium, no seio de uma “família” Fiesta que irá continuar a crescer para um total de sete versões, a revelar na totalidade em 2018. Estamos assim perante a oitava geração deste modelo nascido em 1976 — em Portugal chegou apenas anos depois na segunda geração do Ford Fiesta —, a qual o LusoMotores foi conhecer a Córdoba, Espanha, a convite da Ford Lusitana.

Com carroçarias de três e cinco portas, a melhor forma de nos apercebermos das diferentes variantes, nomeadamente aquando de uma primeira observação exterior, é possível pela percepção das diferenças do desenho da grelha dianteira que varia ainda que ligeiramente de acordo com a versão. Já na traseira, a aposta na colocação dos conjuntos ópticos nos extremos da carroçaria permite uma sensação de maior largura para um modelo que apresenta neste particular 1,73 metros.

Falando em medidas, aliás, encontramos as primeiras diferenças relativamente à geração anterior do Ford Fiesta, um modelo que aparece agora com 4,04 metros de comprimento, o que representa um crescimento em 7 centímetros para um modelo automóvel que cresceu ainda na distância entre eixos em 4 mm, um valor que, podendo parecer insignificante, veio ajudar no aumento do espaço no habitáculo, nomeadamente para os ocupantes dos bancos traseiros.

Já a disponibilidade de espaço para o transporte de volumes na bagageira não será referencial para o segmento, isto porque os 303/292 litros na configuração normal ou os 984/1.093 litros com os bancos rebatidos, serão suficientes para as necessidades mas ficam aquém do que é proposto por outros modelos concorrentes.

Materiais de boa qualidade, ainda que aqui e ali conjugados com plásticos mais duros, permitem uma visão global particularmente interessante para quem se encontra a bordo destes novos Ford Fiesta, nomeadamente na variante Vignale onde, naturalmente, o nível de qualidade sobe a um patamar sem dúvida superior, apoiado por ofertas de equipamento particularmente preenchidas. No equipamento de série estão presentes todos os itens necessários à melhor habitabilidade mas também conectividade a bordo, podendo estes factores serem ainda assim melhorados através da aposta em alguns opcionais que surgem ainda assim particularmente acessíveis.

Falando de opcionais acessíveis não podemos esquecer o ecrã central, de 6,5 e 8,0 polegadas que surge como acesso para o sistema de comunicação e entretenimento Sync3, bem como para o sistema de som B&O Play capaz de debitar 675 Watts de potência através de um total de nove altifalantes e um subwoofer colocado no topo do painel frontal do habitáculo. Este sistema, aliás, apresentado como uma referência enquanto equipamento de som, tem um custo de 966 euros.

Motores Euro6 de topo

Ao nível de motorizações disponíveis para esta oitava geração do Ford Fiesta, encontramos os blocos 1.1 atmosférico de 70 e 85 cv de potência, 1.0 EcoBoost a gasolina de 100 e 125 cv e 1.5 TDCI diesel de 85 cv, mas também o motor EcoBoost 1.0 Turbo de 140 cv e o diesel 1.5 TDCI de 120 cv. Na apresentação, o LusoMotores teve oportunidade de testar unidades com o bloco 1.0 EcoBoost de 100 cv, mas também com o novo bloco de 140 cv. Bem insonorizados para o habitáculo e com capacidade inegável para boas prestações, ficou claro que serão bons trunfos para a Ford como argumentos comerciais junto do mercado.

Em termos dinâmicos, a resposta de qualquer um dos blocos revelou-se sempre assertiva, para modelos dotados de um chassis ágil capaz de permitir uma condução agradável e dotada de conforto para condutor e demais passageiros. A capacidade do bloco 1.0 é desde há muito reconhecida nos modelos da Ford, pelo que, mais do que surpreender, veio confirmar o que dele se esperava, quer na variante de 100 cv como na opção de 140 cv. O consumo surge comedido, ainda que seja possível verificar situações em que o exagero na velocidade imprimida possa resultar em consumos bem mais proibitivos.

No mercado nacional, porém, a aposta poderá ser assente nos motores 1.1 Ti-VCT atmosféricos de 70 ou 85 cv, com preços a começar nos 16.492 euros nas carroçarias de três portas e nos 16.942 para as variantes de cinco portas, preços estes que surgem de acordo com a tabela aqui introduzida, e relativamente à qual haverá apenas que dar conta da disponibilidade de uma caixa automática nas versões de cinco portas Titanium e Vignale, associada ao motor 1.0 EcoBoost de 100 cv, o que implicará a subida dos respectivos preços em mais 2.600 euros.

Os preços do novo Ford Fiesta