Concluído este sábado o Rali Vidreiro Centro de Portugal, está encontrado no algarvio Ricardo Teodósio, com José Teixeira no Hyundai i20 N Rally2, o novo campeão nacional de ralis referente à época de 2023, isto na sequência da conclusão daquela prova por parte desta dupla da Hyundai no segundo lugar entre os pilotos do Campeonato de Portugal de Ralis (CPR). Teodósio sagrou-se assim campeão nacional absoluto na prova ganha por Kris Meeke, também ele um elemento do Team Hyundai Portugal.
Na luta pelo título de duas rodas motrizes (2RM), Gonçalo Henriques (Renault Clio Rally4), jovem piloto que na época passa venceu o FPAK Júnior Team, foi quem fez a festa, à frente de Hugo Lopes e Tiago Neves (Peugeot 208 Rally4), segundos classificados neste campeonato, e ainda de Ricardo Sousa e Luís Marques (Peugeot 208 Rally4), dupla que ficou no terceiro degrau do pódio desta classificação.
Rali Vidreiro Centro de Portugal |
CLASSIFICAÇÃO FINAL (oficiosa) 1º, Kris Meeke/Brian Hoy (Hyundai i20 N Rally2), 1.00.11,7 |
2RM (classificação oficiosa) 1º, Gonçalo Henriques/Gonçalo Cunha (Renault Clio Rally4), 1.05.25,7 |
CAMPEONATOS (classificação oficiosa) |
Absoluto |
2RM 1º, Gonçalo Henriques, 119,5 pontos 2º, Hugo Lopes, 117 3º, Ricardo Sousa, 113 4º, Ernesto Cunha, 91,5 5º, Pedro Silva, 68 |
Sobre a forma como decorreu o Rali Vidreiro Centro de Portugal, o segundo e último dia desta prova prometia emoções fortes nesta que se apresentava como a derradeira competição da temporada, face à escassa diferença entre os quatro candidatos ao título (4,8 segundos), mas até à hora de almoço dois deles ficariam afastados desse duelo.
O primeiro foi Armindo Araújo, ao errar na escolha de pneus para os dois primeiros troços. “Faz parte, são coisas que acontecem. Levamos pneus duros em vez de macios, ficando desde logo ‘fora’ do rali e do ‘campeonato’”, contava o campeão nacional em título, que num ápice cedia mais de 40 segundos.
Na terceira classificativa, José Pedro Fontes (Citroen C3 Rally4) deu um “toque” com a traseira esquerda e viu-se forçado a abandonar. A partir daí, Ricardo Teodósio (Hyundai i20 N Rally2) ficou tranquilo na segunda posição do CPR, com Miguel Correia (Skoda Fabia RS Rally2 evo) a mais de meio minuto de diferença.
“Erramos na escolha de pneus de manhã a agora resta-nos tentar o vice-campeonato”, referia Correia, ao passo que Teodósio não escondia os seus planos: “Resta-nos, nestes dois últimos troços, fazer o que não gostamos: andar ‘devagar’…”. Num ano ímpar, como nos seus dois títulos anteriores (2019 e 2021), o piloto algarvio da Hyundai alcançou o objetivo.
Na discussão do título das 2RM (duas rodas motrizes), Ernesto Cunha foi o primeiro dos quatro candidatos a ficar de fora, na sequência de uma saída de estrada, no primeiro troço do dia, quando Gonçalo Henriques (Renault Clio Rally4) saltou para a liderança e Hugo Lopes (Peugeot 208 Rally4) viu o título que tinha na mão fugir-lhe, devido a um problema de travões.
“A bomba [de travões] acabou por rebentar e foi um verdadeiro suplício nos troços, engrenando primeiras velocidades e às vezes puxando o travão de mão…”, lamentava o piloto de Viseu.
A partir daí, e depois de ter entrado forte, mas sem correr demasiados riscos, Henriques passou a ser o favorito à conquista do título, até porque Ricardo Sousa (Peugeot 208 Rally4) nunca conseguiu anular a diferença de tempos. E no final o jovem piloto de Poiares pôde festejar o segundo título da sua curta carreira nos ralis.
LusoMotores
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