A piloto portuguesa Elisabete Jacinto e a restante comitiva da 26.ª edição do “Rallye Aïcha des Gazelles” desembarcam, esta segunda-feira, em Tânger, Marrocos , após terem passado dois dias no barco que ligou a Europa ao Norte de África.
A viagem foi aproveitada para descansar da azáfama dos dias que antecederam a partida, mas também foi muito útil para preparar a prova e alinhar estratégias, conforme relatou Elisabete Jacinto: “É aqui no barco que aproveitamos para dar uma vista de olhos aos mapas de anos anteriores, para relembrar algumas passagens menos evidentes, discutir procedimentos e definir estratégias. Estes dias são longos mas acabam por ser bastante úteis”.
A comitiva do 26.º Rali das Gazelas dirigiu-se depois para Meknes, onde as participantes pernoitaram, e, logo pela manhã, partiu em direcção a Erfoud, onde terá inicio, esta quarta-feira, mais uma edição desta grande prova feminina de navegação.
O “Rallye Aïcha des Gazelles” vai decorrer ao longo de oito dias no coração de Marrocos. A prova vai iniciar-se em Erfoud e terminará em Foum Zguid, nas regiões do interior marroquino, muito próximo da fronteira com a Argélia, onde as paisagens áridas do deserto são uma constante.
Passagens de montanha, dunas de areia fina, trilhos muito íngremes e zonas muito pedregosas serão alguns dos pisos que as concorrentes vão encontrar ao longo desta competição. As maiores dificuldades serão a travessia do Erg Chebi, logo no início da competição, e do Erg Chegaga, já nos últimos dias de prova.
Para vencer, as equipas deverão ir o mais em linha recta possível, o que implica realizar percursos de grande dificuldade técnica e que exigem muita perícia de condução. A competição é discutida ao metro e ninguém quer ficar para trás. Por vezes, as melhores opções de percursos em termos de distância são também as mais complexas em termos de condução.