Portugal-FlagComo um responsável de uma marca automóvel me dizia esta quinta-feira durante uma conversa em redor da crise, há uma realidade antes das 19h30 da passada sexta-feira , e outra bem distinta e ainda mais "negra" após esse momento, quando o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho falou aos portugueses, anunciando mais austeridade para todos e um ano de 2013 ainda mais negro do que todos esperaríamos.

Analisando a crise, tema dominante de todas as conversas e preocupações dos portugueses, e olhando para o mercado automóvel e os seus resultados, o responsável atrás referido assumia que, contra os 100 mil automóveis que apontava como meta para o mercado português num ano de vendas, um cálculo avisado aconselhava agora a descer a fasquia realista para os 80 mil veículos, tantas são as dificuldades para os portugueses impostas por estas políticas de austeridade repetidamente agravadas. Contudo, e apesar deste cenário negro, pessoalmente faço a mim mesmo uma pergunta: qual é a alternativa!?

Assumo que esperava muito mais deste Governo, tem cometido erros e está a apostar num caminho que pode ser suicida, ou no mínimo particularmente difícil e penalizante para todos nós, e para os nossos filhos (que honestamente é o que mais me preocupa pensando nos meus) mas volto a perguntar algo para que ainda não obtive resposta: Se este Governo cair... vamos apostar em quem!?

Qual é a opção CREDÍVEL para corrigir a porcaria deixada pelo filósofo parisiense e agora também, em cima disso, apresentar outro caminho diferente do actual mas que nos leve de facto para fora do buraco em que continuamos sem nos enterrarmos ainda mais!?

Já deu para perceber que Passos Coelho, mais do que lutar contra António José Seguro, que nem os próprios socialistas convence, tem que lutar contra as minas colocadas dentro do seu próprio partido, o PSD, onde o terreno é minado porventura por quem espera que um Governo de iniciativa presidencial possa surgir assente na mesma coligação vigente, mas com outros protagonistas, quiçá oriundos do "cavaquistão", onde continuam os barões do partido, os mesmos que há algum tempo foram afastados dos corredores do poder por Passos Coelho. Será essa a saída!? Confesso que não acredito!

JorgeReis






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